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A balança de pagamentos é o registo sistemático do conjunto das transacções económicas dos residentes de um país (independentemente da sua nacionalidade) face ao Resto do Mundo, num determinado período de tempo (normalmente um mês, um trimestre ou um ano).
A balança de pagamentos é constituída pelas seguintes rubricas:
- balança corrente, onde são registadas as transacções de Bens, Serviços (incluindo Viagens e turismo), Rendimentos e Transferências correntes (incluindo com a UE – no caso europeu – e remessas de emigrantes e imigrantes);
- balança de capital, incluindo transferências de capital públicas com a UE (no caso europeu);
- balança financeira (o reverso ou espelho da soma das anteriores), e onde são registados o Investimento directo, o Investimento de carteira, os Derivados financeiros, Outro investimento e Activos de reserva.
A soma dos saldos da balança corrente e de capital, ou por oposição, de menos o saldo da balança financeira, exprime o que um país deve ao Resto do Mundo (caso seja negativo) ou o que este lhe deve (caso seja positivo). Estes saldos irão determinar uma variação negativa, no primeiro caso, ou positiva no segundo, da Posição Líquida de Investimento Internacional (isto é, a acumulação de activos – disponibilidades - financeiros líquidos de passivos – responsabilidades - sobre o Resto do Mundo de uma economia, num determinado momento).
No caso português, as estatísticas da balança de pagamentos (BOP) são divulgadas pelo Banco de Portugal, com uma periodicidade mensal.
Em 2012 Portugal registou um excedente de 0.8% do PIB nas contas externas (medido pelo saldo da balança corrente e de capital), o que, de acordo com os dados do INE, aconteceu pela primeira vez desde 1993.