 |
 |
A burca é um trajo adotado por alguns muçulmanos fundamentalistas que cobre todo o corpo da mulher incluindo o rosto e os olhos. É muito usado no Afeganistão e nalgumas zonas do Paquistão. O seu uso tem-se expandido a outros países (incluindo europeus), como forma de afirmação de uma identidade muçulmana mais radical, muito embora diversos teólogos do islamismo invoquem que ele não está referido nos livros sagrados ou de fonte de doutrina como o Alcorão ou o Hadith.
Uma das polémicas da atualidade em diversos países europeus é sobre se se deve proibir o uso da burca.
Em maio de 2010, a Comissão da Cultura, Ciência e Educação da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (reunindo em Istambul!) considerou que essa proibição feria a liberdade religiosa embora reconhecesse a sua legitimidade designadamente «por razões de segurança ou quando as funções públicas ou profissionais de uma pessoa reclamem uma postura de neutralidade religiosa ou exijam o rosto descoberto».
A França aprovou, em julho de 2010, uma lei que proíbe a utilização da burca nos espaços públicos.
Há dois planos no debate sobre a proibição da burca:
• no plano religioso não parece razoável a proibição da utilização de símbolos religiosos enquanto componente da liberdade religiosa que a todos deve ser reconhecida em todos os países civilizados; questão diferente é a de saber quais as regras a aplicar a edifícios públicos ou funcionários do Estado no exercício das suas funções;
• no plano da segurança interna parece ser delicado permitir a circulação em espaços públicos de pessoas totalmente cobertas que não podem ser identificadas no caso da prática de um crime ou contravenção.