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Maria Manuela Dias Ferreira Leite, licenciou-se em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF) obtendo ex-aequoos prémios de "Aluno Mais Distinto do Curso”, "Aluno Mais Classificado do Curso de Economia” e de "Aluno Mais Classificado na Cadeira de Política Ultramarina”.
No mesmo ano tornou-se bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, continuando ao seu serviço até 1972.
Lecionou no ISCEF, como assistente das disciplinas de Finanças Públicas e Economia Pública, exercendo funções no Conselho Diretivo, de 1973 a 1975, e dirigiu o departamento de Finanças Públicas, entre 1975 e 1979.
Em 1977 tornou-se coordenadora do Núcleo de Finanças Públicas e Mercado de Capitais do Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, até 1986. Fez parte da delegação portuguesa ao Comité de Política Económica da OCDE, em 1985. Assumiu o cargo de diretora-geral da Contabilidade Pública, de 1986 até 1990, e ocupou o lugar de membro do Comité do Orçamento do Conselho da Europa, entre 1987 e 1992.
Integrou ainda os órgãos de várias instituições privadas, sendo membro do Conselho Consultivo do Instituto Gulbenkian de Ciência, e dos Conselhos Superior e de Orientação Estratégica da Universidade Católica Portuguesa. Foi também presidente do Conselho de Administração do Instituto Superior de Línguas e Administração, de 1998 a 2002, e vogal (não executiva) do Conselho de Administração do Banco Santander Totta, entre 2006 e 2008.
No VI Governo Constitucional, chefiado por Francisco Sá Carneiro, desempenhou funções como chefe de gabinete do então Ministro das Finanças e Plano, até 1981.
Foi nomeada Secretária de Estado do Orçamento em 1990 e em 1993 foi nomeada Ministra da Educação, cargo que desempenhou até 1995.
Eleita pelo Círculo de Évora, foi deputada na Assembleia da República em 1995,tendo sido reeleita por Lisboa, em 1999 e em 2009. Presidiu à Comissão Parlamentar de Economia, Finanças e Plano, de 1995 a 1999.
Em 2001 foi eleita Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, tendo sido a primeira mulher a desempenhar tal função.
Regressou ao Governo como Ministra de Estado e das Finanças do XV Governo, tendo novamente sido a primeira mulher a assumir esse cargo.
Foi membro do Conselho de Estado, entre 2006 e 2008, e professora catedrática convidada do Instituto Superior de Gestão, onde foi co-responsável pela pós-graduação em Gestão Pública, entre 2005 e 2008.
Foi distinguida com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique a 6 de Março de 1998 e com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo a 10 de Junho de 2011.
Em 2008 tornou-se também a primeira mulher portuguesa a chefiar um partido político, como presidente da Comissão Política Nacional do PSD, cargo que desempenhou até Abril de 2010.
No seu mandato o PSD venceu eleições europeias e eleições autárquicas.
Disputou eleições para o cargo de Primeiro-Ministro, tendo a sua campanha eleitoral sido pautada pela preocupação de falar verdade, denunciando a política de ficção e de ilusões em que o País estava mergulhado, não criando expectativas impossíveis de realizar em face da situação económica do País, tendo recusado prosseguir a via do endividamento para suportar incrementos sucessivos da despesa pública.
A sua imagem pública está profundamente associada aos princípios da verdade, do rigor e disciplina financeira.
Na sequência do pedido de resgate que Portugal se viu forçado a apresentar, o seu nome tem vindo a ser sucessivamente referido como a dirigente política que alertou antecipadamente os portugueses, de forma certeira e elevado sentido de responsabilidade, para a situação de pré bancarrota a que o País foi conduzido.