O fenómeno emigratório (pessoas a nível individual e/ou famílias que partem para outros países ou continentes à procura de melhores condições económicas, ou por razões culturais, ou até por espírito de aventura), é uma das "constantes da História de Portugal, desde o 2º quartel do século XV” (ver o "Conspecto histórico da emigração portuguesa” de Joel Serrão)
Ainda segundo o mesmo autor "a partir da 2ª metade do século XIX, após a independência do Brasil, a emigração portuguesa assumiu, quantitativa e qualitativamente, aspectos inteiramente novos”.
De salientar igualmente, em termos históricos, que o Brasil se torna no século XVII no principal destino dos portugueses, mantendo-se sem alterações significativas até aos finais dos anos 50 do século XX.
Por outro lado, é de referir que nos finais do século XIX os cidadãos portugueses começaram a procurar novos destinos alternativos ao Brasil, quer na Europa, quer fora da Europa. Assim, durante o século XX a emigração portuguesa dirige-se para os EUA, Argentina, Venezuela, Canadá, Austrália, etc. Por sua vez, o fluxo migratório para África aumenta, em particular para Angola, Moçambique e outras regiões da África Austral, como a África do Sul, Zimbabwe ou Congo.