A balança corrente é uma das três balanças primárias que compõem a balança de pagamentos, juntamente com a balança de capital e a balança financeira. A balança corrente é composta pela balança comercial, a balança de serviços, a balança de rendimentos e a balança de transferências correntes:
- A balança comercial (ou de bens) regista as exportações e as importações de mercadorias;
- A balança de serviços contabiliza as prestações de serviços, entre as quais se contam o turismo e os transportes;
(Nota: A agregação da balança comercial com a balança de bens dá origem à balança de bens e serviços.)
- A balança de rendimentos agrega as transacções que correspondem a rendimentos decorrentes de activos estrangeiros na posse de residentes, e a activos nacionais detidos por estrangeiros;
- A balança de transferências regista as transferências unilaterais, ou seja, aquelas que não correspondem a rendimentos dos factores de produção ou que se destinam a efectuar pagamentos. Como exemplo temos as remessas de emigrantes.
Na balança corrente são, assim, incluídas as transacções que têm um carácter regular com o resto do mundo como as exportações, as importações, os rendimentos dos factores produtivos e transferências unilaterais.
A balança corrente é um dos principais indicadores sobre o comércio internacional de um país. Um saldo positivo desta balança significa que os activos do país em questão no estrangeiro aumentaram, e vice-versa. Uma balança corrente negativa implica que a economia do país está a ser financiada por poupança do exterior.
O primeiro excedente externo da balança corrente portuguesa desde que o nosso país se tornou uma democracia, em 1974, foi registado em 2013, com um saldo positivo de 1% do PIB.