Oriundas das tradições associativas, comunitárias e solidárias as Cooperativas, Mutualidades, Misericórdias, Fundações e as Associações com fins altruístas que atuem no âmbito social, cultural, recreativo, desportivo e do desenvolvimento local, são expressão de um modelo social e económico, sem perdedores, que se inspira nos valores da solidariedade, da igualdade, da justiça, da equidade e da transparência, em prol da coesão social e da democracia.
Desde finais do século XV, quando foram criadas as primeiras Misericórdias, ao longo da história portuguesa as entidades da Economia Social, mais de 5.000 das quais com estatuto de IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social), têm impulsionado uma via humanista de organização societária, cumprindo um espírito de missão social e uma entrega à defesa da dignidade humana.
As entidades da Economia Social, importantes parceiros ativos do desenvolvimento local, constituem-se como impulsionadores da coesão territorial, promovendo a sustentabilidade dos territórios onde se encontram ancoradas, sendo importantes protagonistas na dinamização das regiões e atenuação das assimetrias.
Porque gera emprego e produz riqueza, de enorme valor social e humano, a Economia Social é determinante na dinamização económica, sobretudo na área da empregabilidade. Sendo empregadores que não se deslocalizam, as entidades da Economia Social têm assumido um papel preponderante na capacitação de pessoas em situação de maior vulnerabilidade.
Portugal é um dos únicos países do mundo, e um dos dois da Europa, em que existe uma Lei de Bases da Economia Social, revelando o reconhecimento do valor que esta tem e o seu essencial impacto na Pessoa e na Sociedade.
A Economia Social está associada ao conceito de Terceiro Sector (nem privado, nem público), com características associativas w solidárias.