O dia internacional da mulher é celebrado em muitos países do mundo em 8 de Março.
Na origem mais remota conhecida, o dia internacional da mulher poderá estar ligado a uma greve levada a cabo, a 8 de março de 1857, por operárias de uma fábrica de tecidos, de Nova Iorque, que reivindicavam melhores condições de trabalho, nomeadamente a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas diárias e um tratamento igual ao dos homens.
Conta a história que a greve terá sido reprimida com muita violência e que as mulheres terão sido trancadas dentro da própria fábrica que, ao ser incendiada, terá provocada a morte a 130 trabalhadoras.
Mais tarde, em 1909 os Estados Unidos celebraram pela primeira o Dia Nacional da Mulher a 28 de Fevereiro; e, em 1910, numa reunião da Internacional Socialista estabeleceu-se o Dia da Mulher, de natureza internacional, para apoiar a luta pelos direitos das mulheres e o movimento sufragista. Logo no ano seguinte o Dia Internacional da Mulher foi celebrado para dia 19 de Março, numa série de países europeus.
Ao longo dos anos o Dia da Mulher foi sendo usado para protestar por melhores direitos laborais e políticos para as mulheres, para denunciar as discriminações e para exigir o fim das situações que mais vulnerabilizavam as mulheres, como as guerras por exemplo.
Mas foi em 1975, sob os auspícios do Ano Internacional das Mulheres, que as Nações Unidas começaram a celebrar o Dia Internacional da Mulher a 8 de Março.
O dia 8 de Março tem-se constituído como uma plataforma para o debate e ação cívica e política em nome dos direitos humanos das mulheres. Um pouco por todo o mundo, organizações internacionais e regionais, governos, parlamentares, organizações da sociedade civil e cidadãos sinalizam os obstáculos à plena realização do potencial humano das mulheres, celebram o empoderamento das mesmas e apontam soluções para os problemas identificados.
Este ano o Dia Internacional da Mulher evoca os 20 anos da Conferência de Pequim (IV Conferência Mundial sobre a Mulher: Igualdade, Desenvolvimento e Paz) e da sua Plataforma de Ação, fazendo um balanço sobre a sua implementação e sobre o que é necessário para acelerar o seu cumprimento. É também relevante o facto de 2015 marcar o fim do quadro temporal marcado para os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e a conceção de uma agenda de cooperação global para o pós-2015 (que se verterá nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). A integração destas duas agendas, com a agenda inacabada do Cairo (Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento), com uma perspetiva de direitos humanos é o desafio mais premente.
Participação na tomada de decisão política e económica, o combate às desigualdades salariais e a luta contra todas as formas de violência contra as raparigas e as mulheres estão no centro do debate em Portugal e na União Europeia.