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O Grupo "Europa das Nações e da Liberdade” (em francês: Europe des Nations et des Libertés – ENL; em inglês: Europe of Nations and Freedom – ENF) é um grupo político do Parlamento Europeu, fundado em junho de 2015, por um conjunto de deputados eleitos por partidos nacionalistas anti-europeus e anti-imigração. Resulta da agregação de vários deputados que estavam, até então, não inscritos em qualquer grupo político, como é o caso de muitos da Frente Nacional francesa, presidida por Marine Le Pen, principal dinamizadora deste que é o mais recente grupo político do PE.
O ENF conta, atualmente, com 39 deputados de 9 nacionalidades diferentes, entre os quais dez assumem funções na sua presidência (dois copresidentes e oito vice-presidentes). A presidência do grupo é co-assumida por Marine Le Pen (Frente Nacional, França) e Marcel de Graaf (Partij voor de Vrijheid, Países Baixos). 20 deputados pertencem à Frente Nacional francesa, 5 pertencem ao partido italiano Lega Nord (Liga Norte), 4 pertencem ao partido holandês Partij voor de Vrijheid (Partido da Liberdade), 4 pertencem ao partido austríaco Freiheitliche Partei Österreichs, 2 pertencem ao partido polaco Kongres Nowej Prawicy, 1 pertence ao partido alemão Alternative für Deutschland, 1 pertence ao partido belga Vlaams Belang, 1 deputado independente romeno e 1 deputada independente britânica, dissidente do UKIP.
A criação deste novo grupo político na legislatura 2014-2019 representa uma situação inédita em que co-existem dois grupos anti-europeus, a saber este e o Grupo Europa da Liberdade e da Democracia Direta. Marine Le Pen chegou a afirmar, no momento da fundação deste grupo, que a "União Europeia não é o caminho certo. Vamos destruí-la a partir de dentro. Vamos manter-nos senhores das nossas fronteiras, da nossa moeda, das nossas leis”.
No seu primeiro ano de existência, o grupo ENF esteve no centro de uma polémica sobre o seu financiamento quando, no contexto das eleições departamentais em França, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, solicitou ao OLAF que investigasse os contratos de vários assistentes parlamentares que, recebendo salário do Parlamento Europeu estavam, na prática, a trabalhar para o partido.
Embora a sua existência como grupo político permita aceder a um significativo financiamento pelo Parlamento e ganhar tempo para intervenções em comissões e plenário, o ENF não pode presidir a qualquer comissão, por não chegar ao número mínimo de deputados exigido para tal.