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O Prémio Lux ("Lux Film Prize”) é uma distinção, promovida pelo Parlamento Europeu, a um filme de origem europeia (produzido num dos Estados-Membros da UE). Organizado desde 2007, o Prémio Lux visa reconhecer o contributo de um conjunto de obras cinematográficas (entre as quais, destaca-se o vencedor de cada ano) para o debate sobre questões que o PE entende como importantes para o futuro da Europa e do processo de integração. Através da apresentação de diferentes visões sobre a realidade política e social, este prémio pretende dar visibilidade a diversidade cultural e tradicional europeia, construir uma mais sólida identidade europeia e celebrar os valores da União.
O processo de seleção e concurso é simples. Durante o mês de julho (em 2016, no Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary, na República Checa) são anunciados os dez finalistas do Prémio Lux, selecionados por um painel de seleção composto por produtores, distribuidores, críticos de cinema, diretores de festivais, entre outras personalidades entre as quais se contam representantes da Comissão Europeia (Creative Europe e Eurimages, por exemplo) e a coordenação do prémio. Os membros do painel de seleção são designados pela Comissão de Cultura e Educação do Parlamento Europeu, que renova, todos os anos, pelo menos um terço da sua composição. Estes dez finalistas são escolhidos de entre filmes propostos pelos membros do painel, por deputados ao Parlamento Europeu e por candidatura espontânea de profissionais de cinema. Depois de selecionados os dez finalistas, o painel escolhe três filmes concorrentes, que são legendados nas 24 línguas oficiais da UE e exibidos em todos os Estados-Membros durante o outono, nos chamados «Lux Film Days». Durante este período de exibição, todos os deputados ao Parlamento Europeu podem votar no melhor filme. O vencedor é anunciado durante a sessão plenária do PE de novembro. O filme que arrecada o prémio, já legendado nas 24 línguas oficiais, é ainda adaptado para pessoas com dificuldades auditivas e visuais.
Desde a sua criação, o Prémio Lux tem-se focado bastante na vertente «distribuição», considerada a principal dificuldade de afirmação do cinema europeu, em contraste com a indústria massificada do cinema norte-americano. Além dos objetivos políticos, o Prémio Lux compreende, também assim, um objetivo de promoção da distribuição do cinema europeu, com vista a incentivar o seu crescimento.
Logo na primeira edição, em 2007, o filme «Belle Toujours» do português Manoel de Oliveira, esteve entre os três finalistas. Em 2012, o também português Miguel Gomes esteve entre os três selecionados, com o filme «Tabu».