 |
 |
O termo "Grexident”, neologismo político no quadro da gíria europeia, corresponde à conjugação das palavras "Greece” (Grécia) e "Accident” (acidente) e à abreviatura da expressão "Greek Accident” (acidente grego). Esta fórmula refere-se à possibilidade de uma saída abrupta da Grécia da zona euro, num cenário de falhanço de qualquer negociação com os credores europeus e internacionais. O fracasso desta negociações significaria que a Grécia entraria numa situação de impossibilidade de cumprimento das obrigações para com os credores, com atrasos ou mesmo faltas de pagamento. Esta possível situação de defaultlevou à adoção deste neologismo mais forte, que remete para um "acidente”.
Esta expressão vulgarizou-se no contexto dos meses que permearam as eleições legislativas gregas de janeiro e setembro de 2015, ambas vencidas pelo partido Syriza, liderado por Alexis Tsipras. Estes meses foram marcados por um intenso e aceso debate entre o governo grego e as instituições europeias credoras de parte da dívida pública grega, sobre um novo plano de resgate. Esse debate culminou na realização de um referendo ao acordo proposto pelos credores, que viria a ser chumbado pela larga maioria dos grego que votaram. Esta situação levou a que o termo «Grexident» ganhasse atualidade face ao termo «Grexit», que se refere a uma saída não abrupta, mas negociada da Grécia da Zona Euro.