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Designam-se por jovens "nem-nem” os jovens que não estudam nem trabalham. Em Espanha são conhecidos por jovens "ni-ni” (ni estudia, ni trabaja) e nos Países de língua inglesa são conhecidos por jovens NEET (not in Education, Employment or Training: ou seja, sem trabalho, nem estarem na escola ou abrangidos por um programa de formação profissional). Nalguns países, NEET compreende os jovens que não têm emprego, escola ou formação profissional mas que também não estão à procura de emprego, ou seja sem actividade nem evidenciando vontade de a ter.
Os estudos relativos aos jovens NEET não são facilmente comparáveis porque os intervalos etários dependem da definição que em cada cultura se dá à palavra "jovens" e o universo dos estudos sociológicos. Enquanto nalguns países os jovens NEET referem-se ao intervalo entre os 16 e os 24 anos, outros estudos incidem nos 16 aos 18, outros nos 16 aos 30 e outros ainda dos 15 aos 34.
De acordo com a OCDE, em Portugal, os jovens nem-nem representaram, em 2015, 15% do intervalo etário 15-29 anos. Segundo a mesma entidade 70% destes jovens vivem com os pais (valor mais alto só na Itália e na Grécia) e a sua inacção representa um desperdício de certa de 1,2% do PIB (cerca de 2.000 milhões de Euros), um dos resultados mais altos da Europa só ultrapassado pela Itália, Bélgica e Grécia.
A União Europeia instituiu um programa designado "Garantia Jovem" que prevê que, num prazo de quatro meses, qualquer jovem, depois de sair do sistema de ensino ou do mercado de trabalho possa dispor ou de um estágio, de formação profissional, de uma oportunidade de prosseguir os estudos ou mesmo de uma oferta de emprego. Com este programa, a UE pretende instituir uma política de combate à proliferação dos jovens nem-nem.