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Borgen é uma palavra dinamarquesa cuja tradução literal é "Castelo”. Na gíria política do país, é utilizada como referência ao Palácio de Christiansborg (Christiansborg Slot, em dinamarquês), estando localizado em Slotsholmen, em Copenhaga. Este palácio é a única infraestrutura do mundo que alberga os três poderes (legislativo, executivo e judicial) num mesmo local. Com efeito, o Borgen compreende o parlamento dinamarquês, o gabinete do Primeiro-Ministro e a sede do Supremo Tribunal. O atual edifício, inaugurado em 1928, é o terceiro Christiansborg (os dois edifícios anteriores – de 1746 e 1828 – foram consumidos por incêndios).
Este termo ganhou expressão internacional com a exibição de uma série televisiva com este nome, transmitida pelo canal dinamarquês DR1 entre 2010 e 2013, num total de três temporadas realizadas por Adam Price. Em Portugal, esta série foi transmitida pelo canal público RTP2 em 2015, tendo sido muito aclamada pela crítica televisiva e alcançando uma audiência média diária de 70 a 75 mil telespetadores.
Este drama político de trinta episódios (dez por temporada) explorou temas como o funcionamento dos partidos políticos e suas relações (em coligação ou na oposição), a conciliação da vida política (pública) e pessoal (privada) dos políticos ou os contactos entre poder político e comunicação social. Este projeto de entretenimento foi muito popular na Dinamarca por retratar ficcionalmente situações muito próximas das que estavam a acontecer na realidade, como as dificuldades na coligação governamental, a designação de um comissário europeu dinamarquês e as circunstâncias da liderança e da sucessão da primeira mulher Primeira-Ministra do país, por exemplo.