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O InterRail é um passe válido entre cinco dias e um mês, que possibilita aos europeus e residentes na UE (há mais de 6 meses) viajar de comboio pela Europa em regime de livre-trânsito e sem um percurso definido, oferecendo preços acessíveis – incluindo nalgumas travessias marítimas, em países como a Itália ou a Grécia.
Criado em 1972, o programa InterRail era inicialmente limitado não só em número de países – cobria 21 países, número que aumentou também com a implosão da União Soviética em 1991 –, mas também em idade (somente até aos 21 anos). Hoje em dia, pode ser utilizado em 30 países europeus: Alemanha, Antiga República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Montenegro, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Sérvia, Suécia, Suíça e Turquia.
O passe é utilizado anualmente por mais de 300 mil pessoas, e o seu preço pode variar entre 36 e 480 euros para os jovens (menos de 26 anos). Este pode ser global, para grupos de países ou para um só país.
No final de 2016, diversos deputados do PPE, como o português José Manuel Fernandes (Coordenador na Comissão de Orçamentos) e Manfred Weber (Presidente do Grupo Parlamentar do PPE), apresentaram uma proposta para a atribuição de um bilhete de InterRail a todos os jovens europeus que completem 18 anos, com o objetivo de promover entre os mesmos o "espírito europeu” através do conhecimento da diversidade da Europa, contrariando assim as vozes antieuropeístas que proliferam no território da UE.
Esta proposta foi recebida com agrado pelo Parlamento Europeu, assim como pela Comissão Europeia, pela qual já estará a ser analisada.