Cloud ou cloud computing são termos que definem um modelo tecnológico de serviços computacionais (alojamento, processamento e acesso a dados e programas) prestados através da internet.
Este modelo permite a utilização de recursos computacionais, via internet, à distância, por parte de empresas ou particulares sem necessidade de adquirir, construir e manter "in house" as infraestruturas tecnológicas que proporcionam esses mesmos recursos.
A sua rápida adoção à escala global, a que temos assistido nos anos mais recentes, é explicável pelas vantagens em termos de eficácia e de eficiência deste modelo, em que a tecnologia é uma "utility". Numa comparação um pouco grosseira, estaremos numa fase equiparável ao sucedido com a distribuição massiva de eletricidade como uma "utility", substituindo os geradores particulares que, numa fase prematura, serviam casas e edifícios. Podemos, assim, prever a sua massificação nos anos vindouros.
Este modelo pode trazer inúmeras vantagens para os utilizadores. Desde logo, as economias de escala geradas permitem reduzir custos associados e proporcionar o acesso a meios e serviços mais rápidos e desenvolvidos através de centros de dados e servidores mais potentes que seriam inalcançáveis se implicassem a sua aquisição por parte de cada utilizador final. Pela mesma razão, a fiabilidade e a segurança poderão ser, à partida, bastante superiores precisamente pela dimensão e escala em causa.
O recurso a este modelo de prestação de serviços tecnológicos permite outras eficiências, na medida em que o serviço pode ser usado na estrita medida em que é necessário e permite poupanças efetivas ao nível do hardware, de investimentos infraestruturais e, eventualmente, em recursos humanos especializados.
A cloud pode ser pública (é o modelo-base do cloud computing em que um prestador fornece serviços, como aplicações e armazenamento, para o mercado, através da Internet), privada (fornece os mesmos serviços que uma cloud pública, incluindo escalabilidade e utilização seletiva, mas em que a arquitetura do sistema é propriedade do utilizador. Normalmente é dedicada a apenas uma organização e não a várias como acontece nas clouds públicas) ou híbrida (um sistema misto que habilita flexibilidade e interoperabilidade entre o modelo público e privado de cloud).
Podemos ainda referir diferentes categorias de serviços proporcionados pela cloud: Infrastructure as a service (ou IaaS, em que o prestador detém o hardware, software, servidores e armazenamento em nome dos utilizadores), Platform as a service(ou PaaS, em que o prestador fornece as suas ferramentas de hardware e software possibilitando o desenvolvimento de novas aplicações pelos seus utilizadores) e Software as a Service (ou SaaS, em que são fornecidas aplicações de software pela Internet- por exemplo, ferramentas de produtividade ou de correio eletrónico - disponibilizando-as a clientes através da Internet).
Entre os principais riscos normalmente associados à utilização da cloud, destaca-se a perceção de "perda de controlo" sobre o acesso à informação e processos por parte do seu proprietário ou responsável. Na verdade, o prestador de serviços passa a ter a possibilidade técnica de aceder a esses dados e de, deliberada ou acidentalmente, os usar, alterar ou mesmo apagar. Torna-se assim crítica a credibilidade e fiabilidade do prestador de cloud, assim como as cláusulas contratuais que deverão garantir e proteger os direitos e expetativas das empresas e cidadãos.