O Fundo Monetário Internacional (FMI) foi criado em 1945, tem a sua sede em Washington D.C., nos EUA, e tem como objetivo prioritário zelar pela estabilidade do sistema monetário internacional, sobretudo através da promoção, da cooperação e da consulta em assuntos monetários entre os seus (atuais) 189 países membros. Juntamente com o BIRD, o FMI emergiu das Conferências de Bretton Woods (New Hampshire, EUA) como um dos pilares da ordem económica internacional do pós-II Guerra Mundial.
O FMI tem como objetivo evitar que desequilíbrios nas balanças de pagamentos e nos sistemas cambiais dos países membros possam prejudicar a expansão do comércio e dos fluxos de capitais internacionais. O Fundo favorece a progressiva eliminação das restrições cambiais nos países membros e concede recursos temporariamente para evitar ou reduzir desequilíbrios na balança de pagamentos. Além disso, o FMI planeia e acompanha programas de ajustamento estruturais e oferece assistência técnica e formação aos países membros.
A autoridade de decisão máxima do FMI é a Assembleia de Governadores, formada por um representante titular e um suplente de cada país membro, geralmente ministros das finanças e/ou economia ou presidentes dos bancos centrais. A Comissão Executiva, composta por 24 membros eleitos ou indicados pelos países ou grupos de países membros, é responsável pelas atividades operacionais do Fundo e reporta anualmente à Assembleia de Governadores. A Comissão Executiva concentra as suas atividades na análise da situação específica de países ou no exame de questões como o estado da economia mundial e do mercado internacional de capitais, a situação económica da instituição, o acompanhamento económico e programas de assistência financeira do Fundo. A Assembleia de Governadores do FMI é assessorada ainda pelo "Comité Interino” e pelo "Comité de Desenvolvimento” (em conjunto com o BIRD, Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento), que se reúnem duas vezes por ano e examinam assuntos relativos ao sistema monetário internacional e à transferência de recursos para os países em desenvolvimento, respetivamente.
O diretor-geral do FMI é, por tradição, um europeu (enquanto que o Banco Mundial é, tradicionalmente comandado por um norte-americano). A antiga ministra das finanças de França, Christine Lagarde, é diretora-geral do FMI, desde junho de 2011