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Corresponde à designação técnica para o combate à desigualdade entre homens e mulheres, referindo-se ao género sexual.
Uma vez que a expressão «igualdade entre homens e mulheres» suscitava os comentários jocosos sobre as evidentes diferenças entre uns e outros, generalizou-se a expressão mais correcta de igualdade de géneros em que se assume que idênticas oportunidades devem ser proporcionadas quer aos cidadãos de género masculino quer do feminino.
Então Primeiro-Ministro de Portugal, o antigo Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, ao dar posse à Dra. Maria Amélia Paiva como Presidente da Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres, afirmava:
«Não dizemos igualdade de sexos (que são dois e não queremos nem podemos tornar iguais), mas de género, ou seja, de uma construção social que era de modelos estereotipados, um género feminino e tradicionalmente ligado ao mundo familiar e doméstico, outro masculino relacionado com o mundo exterior, profissional e político. Queremos, isso sim, que aquela construção social se altere no sentido da igualdade em direitos, deveres e dignidade, da partilha livre de tarefas e responsabilidades, da escolha por cada um e cada uma do seu caminho, sem limitações ou preconceitos baseados no sexo.»
Com efeito, hoje é claro que as diferenças entre homens e mulheres, muito para lá de biológicas, são sociais, culturais, políticas e, frequentemente, económicas. Exemplo frequente é a diferença salarial entre homens e mulheres nas mesmas categorias profissionais.
Não são produto da natureza, mas da interacção entre as pessoas. Não são pois imutáveis e são susceptíveis de alteração e aperfeiçoamento.