Economista e professor universitário, Romano Prodi nasceu em 1939. Foi Ministro das Finanças e Primeiro-Ministro de Itália. É creditado como sendo «o mágico» que conseguiu qualificar a Itália para o euro, através duma política financeira e fiscal de grande rigor.
Politicamente, Prodi diz que se situou «sempre à esquerda do centro». Frequentou a democracia-cristã nos anos setenta e, depois, a coligação de esquerda «l’Ulivo» de que é um dos principais expoentes.
Presidente da Comissão Europeia (1999-2004), sucedeu a Jacques Santer. Romano Prodi estabeleceu como objetivos do seu mandato um conjunto de reformas ambiciosas: a reforma da administração europeia; o sucesso do alargamento; a necessidade de uma Constituição Europeia; tornar a Europa mais competitiva (Estratégia de Lisboa); uma área de segurança, justiça e liberdades civis; a resposta à globalização.
Nos derradeiros meses do mandato, um envolvimento precipitado na vida política ativa italiana valeu-lhe severas críticas de insuficiente sentido das exigências de neutralidade do cargo.
Dificuldades de comunicação (Prodi praticamente só falava italiano) e um estilo pouco conseguido levaram a que fossem mais conhecidas outras figuras da Comissão Europeia do que propriamente o seu Presidente. Algumas das análises no final do seu mandato diziam, com alguma maldade, que as principais conquistas (atribuíveis a alguns – poucos – Comissários) se tinham registado apesar de Prodi e não graças a Prodi.