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Nord Stream é o nome de um gasoduto de cerca de 1.200 quilómetros que parte de Vyborg na Rússia e atravessa o Mar Báltico antes de chegar ao porto de Greifswald na Alemanha. O gasoduto passa pelas águas da Rússia, Finlândia, Suécia e Alemanha.
O Nord Stream tem uma capacidade de transporte de 55 mil milhões m3 de gás natural por ano para o mercado europeu, ou seja, cerca de 14% do consumo anual da UE em 2014. Com um custo total de 7,4 mil milhões €, a infraestrutura ficou inteiramente operacional em 2012.
Este projecto privado é explorado por um consórcio detido na maioria pela russa Gazprom e resulta de uma parceria bilateral entre Moscovo e Berlim. Com efeito, ao optar pela via marítima, a rota deste gasoduto não transita por nenhum Estado-Membro da UE antes de entrar directamente na Alemanha, facto que levantou duras críticas. Por um lado, aumenta os riscos ambientais da construção de um gasoduto no mar Báltico com um ecossistema bastante frágil. Por outro lado, uma rota terrestre teria permitido a alguns Estados-Membros de trânsito (ex. Polónia, países bálticos, Eslováquia, República Checa) um acesso ao gás transportado e compensações financeiras pela passagem do gasoduto. Acresce que além de marginalizar alguns Estados-Membros da UE (à excepção da Alemanha) o projecto permite à Rússia fornecer gás directamente à Europa Ocidental, sem ter de passar pela Ucrânia ou a Bielorrússia com a qual tem tido um contencioso acerca dos gasodutos russos que por aí transitam.
Foi assinado em 2015 um acordo entre a Gazprom e cinco empresas europeias do sector da energia para duplicar a capacidade de transporte de gás natural para a Europa, para fazer face ao fim do acordo com a Ucrânia para o transporte de gás em 2019. Este gasoduto é visto como um exemplo das deficiências da política energética europeia e da incapacidade da UE falar de uma só voz na cena internacional, deixando o espaço a iniciativas individuais dos Estados-Membros da UE.