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Definição encontrada no Novo Dicionário de Termos Europeus
Sakharov (Prémio)

Instituído pelo Parlamento Europeu em 1988, o Prémio Sakharov recompensa personalidades excecionais que lutam contra a intolerância, o fanatismo e a opressão. Os laureados com o Prémio Sakharov testemunham a coragem que é necessária para defender os direitos do Homem e a liberdade de expressão.

Prémio Nobel da Paz em 1975, o físico russo Andrei Sakharov (1921-1989) foi, antes de mais, o inventor da bomba de hidrogénio. Preocupado com as consequências dos seus trabalhos para o futuro da Humanidade, procurou fazer despertar a consciência do perigo da corrida ao armamento nuclear. Obteve um êxito parcial com a assinatura do Tratado contra os Ensaios Nucleares em 1963. Considerado na URSS como um dissidente com ideias subversivas, criou, nos anos setenta, um Comité para a defesa dos direitos do Homem e para a defesa das vítimas políticas. Os seus esforços foram coroados com o Prémio Nobel da Paz em 1975.

Em sua homenagem, o "Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento” (no valor de 50. 000 euros) é atribuído todos os anos pelo Parlamento Europeu numa sessão solene em Estrasburgo.

 

A lista completa dos premiados com o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento:

• 2016 – Nadia Murad e Lamiya Aji Bashar (mulheres da comunidade yazidi, que sobreviveram à escravatura sexual imposta pelo Estado Islâmico);

• 2015 – Raif Badawi (jovem blogger saudita que foi preso e flagelado pelas autoridades da Arábia Saudita);

• 2014 – Denis Mukwege(médico congolês, que dirige um hospital que trata mulheres vítimas de violência sexual);

• 2013 – Malala Yousafzai (jovem ativista pelo direito de acesso à educação pelas raparigas paquistanesas);

• 2012 – Nasrin Sotoudeh e Jafar Panahi (ativistas dos direitos humanos iranianos);

• 2011 –  Asmaa Mahfouz (Egito), Ahmed al-Zubair Ahmed al-Sanusi (Líbia), Razan Zaitouneh (Síria), Ali Farzat (Síria) e Mohamed Bouazizi (Tunísia, a título póstumo), enquanto representantes dos movimentos da primavera Árabe;

• 2010 – Guillermo Fariñas (preso político cubano em greve de fome);

• 2009 – Memorial (Organização de Defesa dos Direitos Fundamentais nos Estados Pós-Soviéticos);

• 2008 – Hu Jia (ativista dos direitos humanos na China, um dos coordenadores do "Movimento de Advogados de Pés Descalços");

• 2007 – Salih Mahmoud Osman (ofereceu assistência médica e jurídica às vítimas da guerra civil no Sudão);

• 2006 – Alexandre Milinkevich (dedicou a sua vida à transformação do seu país (Bielorússia) num Estado democrático, com total respeito pelos direitos humanos);

• 2005 – As "Mulheres de Branco" (Cuba), Hawa Ibrahim (Nigéria) e Repórteres Sem Fronteiras;

• 2004 – Zhanna Litvina, na qualidade de presidente da Associação dos Jornalistas da Bielorússia;

• 2003 – A ONU e o seu Secretário-Geral Kofi Annan;

• 2002 – Oswaldo José Payá Sardiñas (ativista cubano, cofundador do projeto "Varela”, que tinha por objetivo assegurar a liberdade de expressão, a realização de eleições pluralistas livres e a libertação de todos os presos políticos);

• 2001 – Izzat Ghazzawi (escritor palestiniano), Nurit Peled-Elhanan (ativista palestiniana) e D. Zacarias Kamwenho (arcebispo angolano);

• 2000 – ¡ Basta Ya ! (associação contra o terrorismo Basco (Espanha));

• 1999 – José Alejandro 'Xanana' Gusmão (Timor Leste);

• 1998 – Ibrahim Rugova – liderou a oposição não violenta ao regime sérvio e manteve-se firme no seu apoio à independência do Kosovo;

• 1997 – Salima Ghezali (jornalista promotora da liberdade de imprensa e dos direitos da mulher (Argélia));

• 1996 – Wei Jingsheng (dissidente chinês, defensor da democracia e dos direitos humanos)

• 1995 – Líela Zana (defensora do diálogo e paz nas relações entre curdos e turcos);

• 1994 – Taslima Nasreen (Dedicou a sua vida à luta contra a repressão da mulher e o fundamentalismo religioso no Bangladesh);

• 1993 – Oslobodjenje (pelo seu esforço e perseverança na defesa da Bósnia e Herzegovina como Estado multi-étnico);

• 1992 – Las Madres de la Plaza de Mayo (Argentina);

• 1991 – Adem Demaçi (escritor/político, passou 28 anos na prisão por ter lutado pelos direitos fundamentais dos albaneses do Kosovo);

• 1990 – Aung San Suu Kyi (vencedora das eleições no Mianmar detida pela junta militar);

• 1989 – Alexander Dubcek (figura de proa do movimento de reforma na Checoslováquia);

• 1988 – Nelson Rolihlahla Mandela (África do Sul) e Anatoli Marchenko (russo a título póstumo).

(última alteração: Outubro de 2017)
Co-Autor(es): Pedro Paulos e Cruz
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