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Definição encontrada no Novo Dicionário de Termos Europeus
Spaak, Paul-Henri

Paul-Henri Spaak (1899-1972) nasceu e cresceu num meio muito politizado, mentiu sobre a idade para poder ser recrutado para as fileiras do exército e tomar parte na primeira guerra mundial. A sua mãe, Marie Janson, foi a primeira mulher parlamentar belga, ao ser eleita nas listas do Partido Socialista para Senadora. Advogado, político socialista, foi eleito deputado com 31 anos. Foi Ministro de várias pastas, entre elas a dos Negócios Estrangeiros.

Foi ainda o primeiro Primeiro-Ministro socialista da Bélgica (aos 40 anos). Promotor e signatário dos Tratados de Roma, é considerado um dos «Pais da Europa». É autor do relatório sobre a criação do Mercado Comum europeu, pedido pela conferência de Messina em 1955 e discutido em Veneza no ano seguinte.

Partidário de formas de cooperação transnacional – esteve na origem da criação do Benelux – e da unificação da Europa, contribuiu para a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e a Comunidade Europeia de Defesa.

 

Em 1955 foi encarregado, em resultado da Conferência de Messina, de liderar o comité, que tomou o seu nome, que elaborou os trabalhos de preparação e de redação do tratado que criou a Comunidade Económica Europeia.

Em 6 de maio de 1956, Paul-Henri Spaak apresentou aos seus colegas da CECA um relatório sobre os projetos de Tratado das Comunidades, que prevê a criação da CEE e do Euratom.

Europeísta federalista (veio a ser Presidente do Movimento Europeu), esteve durante a guerra em Londres com o governo belga no exílio. Paul-Henri Spaak esteve também sempre na primeira linha dos combates do mundo livre. Em 1946 foi eleito, em Londres, Presidente da primeira Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 1949 foi designado Presidente do Conselho Consultivo do Conselho da Europa. Em 1957 tomou posse do cargo de Secretário-Geral da OTAN.

No pós-guerra, Spaak regressa ao governo belga, designadamente como Ministro dos Negócios Estrangeiros, e apresenta-se como um forte paladino da integração europeia e da melhoria das relações entre a Europa e os Estados Unidos.

Defende a NATO (da qual viria mais tarde a ser Secretário-Geral), desilude-se com o Conselho da Europa por considerá-lo falho de competências e ambições (presidia à sua Assembleia Parlamentar) e tem um papel nuclear na criação da CECA, da CEE e CEEA, e da UEO.

De novo Ministro dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, escreve em julho de 1962 uma carta ao General De Gaulle tentando, após o fracasso do plano Fouchet (que previa a criação duma união indissolúvel de Estados), o relançamento da união política europeia.

(última alteração: Outubro de 2017)
Co-Autor(es): Miguel Seabra
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