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Os Anos Europeus, realizados desde 1983, procuram definir, em cada ano civil, um determinado tema prioritário para a ação política da União Europeia e dos seus Estados-Membros, sensibilizando os cidadãos europeus e procurando alertar os governos para a tomada de medidas e para a cooperação no tema escolhido para cada Ano Europeu.
Com o objetivo de aproximar o Ano Europeu e os seus projetos aos cidadãos europeus, a UE designa, por vezes, personalidades de reconhecido mérito nas áreas abrangidas pela temática selecionada. Em 2008, por exemplo, por ocasião do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, a Comissão Europeia designou um conjunto de embaixadores que compreendia Paulo Coelho (escritor brasileiro), Jordi Savall (maestro espanhol, nascido na Catalunha) ou Charles Aznavour (cantor francês de origem arménia). Por outro lado, por outras tantas vezes, a Comissão designa embaixadores do Ano Europeu para cada Estado-Membro, pretendendo criar uma mais forte ligação à opinião pública e à sociedade civil. A título de exemplo, recorde-se que Salvador Mendes de Almeida (Associação Salvador) foi embaixador do Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social (2010), Eduardo Paz Ferreira e Paulo de Almeida Sande (professores universitários) foram embaixadores do Ano Europeu dos Cidadãos (2013-2014) e Cláudia Semedo (apresentadora de televisão) foi Embaixadora do Ano Europeu do Desenvolvimento.
Em 2009, por ocasião do Ano Europeu da Criatividade e Inovação, os Embaixadores elaboraram um manifesto que marcou o debate sobre a matéria ao longo de todo o ano. Leonel Moura, artista plástico e conceptual português, foi um dos autores desse documento.