Quando em 2004 a União passou subitamente de 15 para 25 Estados-Membros, entraram muitos países cujo nível de riqueza estava muito abaixo da média comunitária. Com a exceção de Chipre (83%), da Eslovénia (72%) e da República Checa (60%), todos os outros tinham cerca de 50% do PIB per capita da União ou bastante menos do que isso (como eram os casos da Letónia e da Lituânia, ambas com 29%, da Estónia, com 38%, ou da Polónia, com 39%).
A entrada destes 10 países teve como consequência a diminuição brusca da média comunitária. Regiões e países que estavam na zona de coesão no dia 31 dezembro de 2003 (porque estavam abaixo de 80% da média comunitária) passaram no dia 1 de janeiro de 2004 a ficar francamente acima da média – não porque tivessem enriquecido e subido o seu nível de vida de um dia para o outro, mas porque, por causa do alargamento, a referência média da UE baixou.
A este efeito chamou-se «coesão estatística», e correspondeu à exigência política de não ignorar essas regiões e países que, no essencial, mantinham os mesmos problemas e continuavam a precisar da solidariedade europeia.