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O TFTP (Terrorist Finance Tracking Program) foi um Programa desenvolvido pela Administração norte-americana que procede à análise das transferências bancárias internacionais com o objetivo de identificar as fontes e os circuitos de financiamento de redes terroristas e prevenir a realização de atentados.
Para alimentar o sistema o Governo dos EUA intimou (com ameaças de represálias judiciais) a sociedade SWIFT para fornecer o acesso à sua base de dados, e do facto não deu conhecimento aos seus aliados europeus que só o souberam em 2006 na sequência de um «furo» jornalístico do New York Times.
Um antigo magistrado francês especializado em contra-terrorismo (e que havia sido nomeado pela Comissão Europeia como elemento de ligação com as autoridades americanas, para este efeito), Jean-Louis Bruguière, elaborou um relatório (inicialmente confidencial mas mais tarde desclassificado) em que procurou sublinhar a mais-valia deste sistema.
Segundo o seu relatório, desde o início mas de 1.550 Relatórios terão sido transferidos aos Governos Europeus, 100 dos quais durante 2009. Mas o mesmo relatório confessa que "para proteger a fonte de informação” foi ocultado aos Governos Europeus que essas informações tinham origem no TFTP... ou seja apenas "sabemos” que essas informações foram obtidas através do TFTP porque as autoridades americanas assim o comunicaram a Jean Louis Bruguière.
De acordo com o mesmo relatório, o TFTP forneceu informação relevante sobre terroristas ligados a atentados importantes como:
• Novembro 2008 – Ataque em Bombai: fornecida informação sobre terroristas envolvidos no ataque;
• Janeiro de 2008 – Detenções em Barcelona: identificadas conexões entre a rede espanhola e grupos na Ásia, África, e América do Norte;
• Verão de 2007 – Detenções na Alemanha: movimentos financeiros revelaram informação adicional sobre a União da Jihad islâmica;
• Junho de 2007 – Aeroporto JFK: informações revelaram a origem do financiamento e a dimensão da rede terrorista;
• 2006 – Bomba com líquidos em Voo Transatlântico: a informação ajudou na fase de investigação e reforçou a acusação;
• 2005 – Atentado bombista em Londres: permitiu identificar novas pistas, corroborar identidades e revelar relações entre membros da rede terrorista;
• Abril 2005 – Assassínio de Van Gogh: provou a relação entre o homicida e redes terroristas;
• 2004 – Atentado de Madrid: informação ajudou na fase de investigação;
• Outubro de 2002 – atentado de Bali: Informação foi determinante para a captura do responsável das operações da Jemaah islâmica.