Rumiana Jeleva é uma socióloga búlgara que foi deputada europeia (de 2007 a 2009, integrando o elenco dos primeiros deputados da Bulgária depois da sua adesão à UE) e que, posteriormente (entre julho de 2009 e janeiro de 2010), foi ministra dos Negócios Estrangeiros com o primeiro-ministro Borisov.
Proposta pelo seu país, o presidente Barroso indigitou-a para a pasta da cooperação internacional, ajuda humanitária e resposta a situações de crise.
A sua audição, na Comissão de Desenvolvimento, foi invulgarmente conturbada. Jeleva mostrou-se arrogante e insegura e, segundo vários deputados, revelou ignorância relativamente a diversos aspectos das áreas que ficariam sob a sua responsabilidade.
Os aspectos mais controversos, porém, centraram-se em alegadas irregularidades na sua declaração de interesses financeiros. Jeleva declarara que havia cessado funções em 2007 numa empresa chamada Global Consult, mas uma deputada do Grupo Liberal (Antonyia Parvanova) denunciou que ela mantinha responsabilidades de gestão ainda em 2009.
O jornal alemão Die Weltpublicou revelações que associavam o marido de Jeleva à mafia russa, o que contribuiu para aquecer o debate.
O PPE denunciou a agressividade com que Jeleva foi interrogada na audição parlamentar, mas outros grupos políticos ameaçaram votar contra a Comissão Barroso se esta comissária indigitada se mantivesse.
Após as repercussões no seu país, Jeleva (em carta enviada ao primeiro-ministro) renunciou à indigitação para a Comissão Europeia e demitiu-se de ministra dos Negócios Estrangeiros.
No mesmo dia (19 de janeiro de 2010) o governo búlgaro propôs Kristalina Georgieva, que exercia funções como vice-presidente do Banco Mundial. A sua designação foi aceite por Barroso e, depois de uma boa audição, foi confirmada pelo Parlamento no elenco da Comissão Barroso II.