O Rendimento Nacional Bruto (RNB) é um conceito económico e estatístico que compreende o conjunto dos rendimentos dos residentes de um país em atividades produtivas desenvolvidas dentro e fora do país. Ou seja, de um ponto de vista técnico, representa a totalidade dos rendimentos primários recebidos pelas unidades institucionais residentes. Estes rendimentos incluem: remunerações de trabalhadores, lucros das empresas, impostos sobre a produção e sobre a importação e os rendimentos de propriedade.
Ainda no plano técnico podemos afirmar que o RNB (a preços de mercado) corresponde ao resultado da soma do Produto Interno Bruto (PIB) com os rendimentos primários obtidos no resto do mundo, subtraídos os rendimentos primários pagos ao resto do mundo.
Em 2014, por exemplo, o RNB português foi de 171.119 milhões de euros, enquanto o RNB da União Europeia (a 28) foi de 13.918.263 milhões de euros (quase 14 mil milhões de euros).
No contexto da União Europeia, o RNB tem uma relevância fundamental, uma vez que é o indicador de referência pelo qual é calculada a contribuição dos Estados-Membros para o Orçamento global da UE. No quadro dos recursos próprios da União, este é o mais significativo, tendo representado 68,7% das receitas da UE em 2014. A percentagem que é cobrada aos Estados-Membros é definida, anualmente, no quadro do processo orçamental da UE.
Importa não confundir o RNB com o PIB: enquanto o primeiro se concentra nos rendimentos primários obtidos pelos agentes económicos residentes em Portugal (em Portugal ou no estrangeiro), o segundo foca-se na riqueza produzida no país, seja por residentes, seja por não residentes. Por exemplo: os rendimentos obtidos pelo investimento direto em Portugal de uma empresa sediada no estrangeiro entram no cálculo do PIB e não do RNB; enquanto que, em sentido inverso, os resultados obtidos por uma empresa sediada em Portugal com um investimento direto no estrangeiro são calculados no RNB e não no PIB.