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O termo "Europa de Leste” ou "Leste Europeu” é gerador de controvérsia nos mais variados planos: desde ciências como a geografia ou a sociologia à gíria política, passando pela História, o conceito é interpretado de forma muito diversa. Além deste carácter fracionado pelas diferentes abordagens, o termo varia também conforme a origem do intérprete: o leste europeu de um português não é o leste europeu de um esloveno. Contudo, a "Europa de Leste” será sempre uma região (definida por critérios circunstanciais e dependentes do intérprete) localizada na parte oriental do continente europeu.
Numa perspetiva histórico-política, afigura-se pacífico perspetivar a Europa de Leste como a região mais oriental da Europa cujos países estiveram integrados ou sob influência da União Soviética. Atualmente, com o desaparecimento da "cortina de ferro”, a queda do muro de Berlim e o fim da URSS, muitos dos antigos países integrados no Pacto de Varsóvia são hoje Estados-Membros da União Europeia. Hoje em dia, a referência a "Europa de Leste” remete-nos, mais frequentemente, para os países mais a leste no continente, que não membros da União. Neste quadro, encontramos a Bielorrúsia, a Ucrânia, a Moldávia e a Geórgia, por exemplo. Podemos também olhar para países transcontinentais como o Azerbaijão e a Arménia. Por outro lado, temos países da antiga república jugoslava como a Macedónia (FYROM), o Kosovo, a Sérvia, o Montenegro, a Albânia e a Bósnia-Herzegovina, por exemplo.
Atualmente, todos estes países da "Europa de Leste” que não são membros da União Europeia têm algum tipo de relação com a União. A Albânia, a FYROM, a Sérvia e o Montenegro são hoje países candidatos, enquanto a Bósnia-Herzegovina e o Kosovo são considerados países potencialmente candidatos. Outros países como a Ucrânia e a Bielorrúsia não se enquadram em nenhuma destas categorias, mas estão integrados na política de vizinhança da UE.
No interior da União Europeia, os países normalmente apontados ao Leste Europeu, nesta linha de raciocínio, são a maior parte dos Estados que entraram nos últimos três alargamentos: a Estónia, a Lituânia, a Letónia a Polónia, a Roménia, a Eslováquia, a Bulgária, a República Checa e a Hungria.