A estratégia de "Pequenos Passos” é geralmente atribuída a Jean Monnet, que defendia a colaboração franco-alemã como o início de um processo de pequenos passos que permitisse a paz e o desenvolvimento da Europa.
No Congresso de Haia (7 a 11 de maio de 1948) juntaram-se todos os movimentos que defendiam uma Europa Unida. Nesse Congresso confrontaram-se duas correntes principais: uma mais idealista, claramente federalista que defendia uns Estados Unidos da Europae uma outra, mais pragmática, que defendia uma União entre Estados soberanos e que vislumbrava os "pequenos passos” como meio de aprofundar e estreitar progressivamente a cooperação entre eles.
A mesma estratégia aparece na Declaração Schuman, de que Jean Monnet terá sido um dos redatores. Robert Schuman, ao lançar o desafio que iria resultar na criação da CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), declarou que «A Europa não se fará de uma só vez, nem de acordo com um plano único. Far-se-á através de realizações concretas que criarão, antes de mais, uma solidariedade de facto”.
A verdade é que a estratégia funcionou:
1952: criação da CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço)
1957: criação da CEE (Comunidade Económica Europeia) e da CEEA (Comunidade Europeia da Energia Atómica)
1965: fusão das instituições das 3 Comunidades numa só
1987: Ato Único e lançamento do objetivo Mercado Interno/1992
1992: Tratado de Maastricht (euro, pilares, cidadania europeia)
1997: Tratado de Amesterdão
2000: Proclamação da Carta dos Direitos Fundamentais da UE
2001: Tratado de Nice
2002: Generalização da utilização do euro
2007: Tratado de Lisboa