Na década de 80, a agenda social foi concebida como meio de garantir a aceitação da reestruturação industrial tornada indispensável pela agenda "1992”. A tónica centrava-se na proteção do emprego e na necessidade de obter consensos entre os parceiros sociais, no intuito de facilitar as mutações industriais.
Hoje é necessária uma agenda social mais ampla. A Agenda Social Renovada -parte integrante da Estratégia de Lisboa e da Estratégia da UE para o desenvolvimento sustentável – consiste em adaptar as políticas comunitárias às novas realidades e tendências sociais, sem alterar os objetivos essenciais da Europa Social: sociedades harmoniosas, coesas e inclusivas, respeitadoras dos direitos fundamentais e inscritas em economias de mercado saudáveis.
A Agenda Social Renovada tem por base três objetivos interligados:
Criar oportunidades– Gerar mais e melhores empregos, facilitar a mobilidade, garantindo a todos oportunidades de desenvolver as respetivas potencialidades, respeitando a diversidade europeia, combatendo a discriminação direta e indireta e lutando contra o racismo e xenofobia.
Assegurar o acesso – Todos os cidadãos devem ter acesso a educação de qualidade, à proteção social, a cuidados de saúde e a serviços que ajudem a nivelar as desigualdades nas respetivas situações de partida e lhes permitem gozar vidas mais longas e saudáveis.
Demonstrar a solidariedade – A solidariedade faz parte integrante do funcionamento da sociedade Europeia e da forma como a Europa interage com o resto do mundo. A efetiva igualdade de oportunidades, depende, simultaneamente, do acesso e da solidariedade.
No seu conjunto, a Agenda Social Renovada comporta 19 iniciativas nas áreas do emprego e dos assuntos sociais, da educação e da juventude, da saúde, da sociedade de informação e das questões económicas. As iniciativas concentram-se nas seguintes prioridades:
1 – Preparar o futuro: crianças e jovens;
2 – Investir nas pessoas: gerir a mudança;
3 – Apoiar vidas mais longas e saudáveis;
4 – Lutar contra a discriminação;
5 – Reforçar os instrumentos;
6 – Influenciar a agenda internacional;
7 – Combater a pobreza e a exclusão social.