Cepticismo vem da palavra grega skepsis, que significa pensar, indagar, investigar, analisar cuidadosamente.
Na antiguidade clássica era uma corrente filosófica do helenismo que negava a possibilidade de se alcançar a verdade. Com o tempo o seu significado foi alargado para expressar a dúvida relativamente ao que é geralmente aceite como verdade.
Quando falamos de eurocépticos em termos políticos e referindo-se à União Europeia, o elenco de atitudes é diversificado: desde atitudes nacionalistas que concebem a UE como uma ameaça preocupante para a soberania nacional, àqueles que a vêem como o paradigma de um suposto neoliberalismo, passando pelos que gostariam de reduzi-la a um mero supermercado, sem relevância política.
Todos esses grupos têm algo em comum: a recusa, em maior ou menor grau, com maior ou menor ênfase, do método comunitário que envolve a transferência de competências nacionais para a UE, tendo em vista o seu exercício em comum no âmbito de um sistema institucional em que a Comissão propõe, o Conselho e o Parlamento co-legislam, a Comissão executa e o Tribunal de Justiça zela pela legalidade dos procedimentos.
A União Europeia é uma criação única e original, que visa a integração económica e política e não apenas a mera cooperação própria das organizações internacionais tradicionais.
A rejeição do método comunitário torna-se assim uma atitude onde a dúvida é um elemento marginal. E, assim sendo, do eurocepticismo à eurofobia dista apenas um pequeno passo.
(Versão original:)
El término escepticismo proviene del griego, skepsisy significa indagación, revisión cuidadosa. En la antigüedad clásica constituyó una corriente filosófica del helenismo que negaba la posibilidad de alcanzar la verdad. Por extensión gradual de su significado, la palabra escepticismo significa también una duda de lo que es generalmente aceptado como verdad.
Cuando hablamos de euroescépticos en términos políticos y referidos a la Unión Europea, el elenco de actitudes es variopinto: desde posturas nacionalistas que conciben la Unión Europea como una amenaza inquietante para la soberanía nacional, a aquellos que la consideran como el paradigma de un supuesto neoliberalismo pasando por aquellos otros a los que les gustaría convertirla en un mero supermercado sin proyección política alguna.
Todos estos grupos tienen algo en común: su rechazo, en mayor o menor medida, con mayor o menor énfasis, al método comunitario consistente en la transferencia de competencias nacionales a la Unión Europea para su ejercicio en común con arreglo a un sistema institucional donde la Comisión propone, Consejo y Parlamento colegislan, la Comisión ejecuta y el Tribunal de Justicia vela por la legalidad del procedimiento.
La Unión Europea es una creación única y original, que apuesta por la integración económica y política, y no por una mera cooperación característica de las organizaciones internacionales tradicionales.
El rechazo al método comunitario se convierte así en una actitud política donde la duda es un elemento marginal. Y eso así, porque del euroescepticismo a la eurofobia sólo hay un pequeño paso.