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O Eurocorps foi criado em maio de 1992 pela França e a Alemanha no âmbito de uma Cimeira bilateral (Cimeira de La Rochelle). Em junho de 1993, a Bélgica associou-se, seguida pela Espanha seis meses depois e em 1996 pelo Luxemburgo. Hoje em dia, sete outros países associaram-se às operações do Eurocorps: Grécia, Itália, Polónia, Turquia, Roménia, Estados Unidos e Áustria.
Trata-se de um corpo operacional de reacção rápida de 65.000 militares. Inicialmente sob a alçada da União da Europa Ocidental (UEO) e da NATO, o Eurocorps encontra-se agora à disposição da União Europeia no âmbito da sua Política Europeia de Segurança e de Defesa (PESD). Nesse contexto, o Eurocorps pode ser chamado a intervir para assumir responsabilidades que se enquadrem nas missões de Petersberg.
Jacques Delors sempre deplorou que a UE não tivesse na cena internacional um peso compatível com a sua dimensão económica. A despeito de ser hoje o maior mercado do mundo, e de ser o maior dador de ajuda humanitária, não é um actor na cena política internacional, o que cedo correspondeu à descrição irónica de «um gigante económico e um anão político».
Essa situação releva da incapacidade de a UE falar a uma só voz na cena internacional (e daí a necessidade da PESC) e da inexistência de instrumentos militares que possam intervir em situação de conflito, assegurando a defesa e participando em forças de manutenção da paz (peacekeeping) ou outras operações em cenário de crise, de características humanitárias como as missões de Petersberg. O Eurocorps participou em operações deste tipo no Kosovo (2000), no Afeganistão (2004/2005) e mais recentemente no âmbito da Response Force 7 (NRF-7) da NATO.
O Tratado de Lisboa reconhece o enorme potencial das forças multinacionais na prossecução da PESC.