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A partir de 1992 assistiu-se na Europa a iniciativas político-militares visando a constituição de forças multinacionais que respondessem às reestruturações resultantes da nova ordem internacional surgida após a queda do muro de Berlim.
Na reunião do Conselho de Ministros da UEO (União da Europa Ocidental), realizada em Lisboa em 15 de maio de 1995, foi assinada pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa de Espanha, França e Itália, a que se juntou Portugal, a criação da Força Europeia Operacional Rápida (Eurofor), declarada operacional em 1998 e que teve a sua primeira intervenção na Albânia.
À nova Força foi cometida a vocação para executar missões humanitárias, de evacuação, de manutenção da paz ou de gestão de crises (vulgo Missões de Petersberg).
A Eurofor dispunha de um Quartel-General permanente, localizado em Florença, comandado por um Major-General. No total o Quartel-General contava com mais 80 militares. As suas quatro posições chave – Comandante, Chefe de Estado-maior, Adjunto para as Operações e Adjunto para o Apoio – eram ocupadas rotativamente pelos quatro países membros. O Quartel-General era apoiado por uma unidade de Comunicações e Sistemas de Informação e por uma unidade de Apoio com um efectivo total de 250 militares. Em tempo de crise a Eurofor podia constituir uma Grande Unidade de escalão Divisão Ligeira (10 a 12.000 efectivos).
O Comandante Geral da Eurofor estava subordinado ao Comité Interministerial de Alto Nível (CIMIN) composto pelos Chefes de Estado-Maior-General e pelos Directores Políticos dos Negócios Estrangeiros e da Defesa dos quatro países membros. A decisão do emprego das Euroforças cabia a cada um dos quatro Governos.
O CIMIN dispunha de um órgão executivo, o Grupo de Trabalho Político-Militar, que assegurava a preparação das suas reuniões e executava as decisões aí tomadas.
O comando da Eurofor era confiado cada ano a um dos Estados-Membros. Após a operação «Joint Guardian”, na Albânia (de novembro de 2000 a abril de 2001), o Quartel-General da Eurofor participou nas operações "Concordia”, na Macedónia (setembro a dezembro de 2003) e "Althea”, na Bósnia-Herzegovina (dezembro de 2006 a junho de 2007).
Em julho de 2012, a Eurofor extinguiu-se, tendo os seus meios sido absorvidos pelas estruturas político-militares da União Europeia.