Designação atribuída ao grupo de Estados que prosseguiu o desígnio de uma Europa comunitária com um elevado grau de integração europeia. Nesta linha, o Reino Unido, por exemplo, nunca foi associado ao «núcleo duro», por recusar a Europa social, não integrar nem a Zona Euro nem o espaço Schengen e preferir uma Europa limitada ao Comércio Livre.
Na luta contra a perificidade de Portugal, o Prof. Cavaco Silva popularizou a expressão de que Portugal devia estar «no pelotão da frente do projecto comunitário», associando-se o mais possível ao «núcleo duro» da construção comunitária.
Geralmente associado à liderança do eixo franco-alemão (conhecido como o motor da União), o núcleo duro da construção europeia é hoje de difícil definição.
Não apenas porque numa UE alargada dois países (ainda que os maiores) já não têm a influência que tiveram quando a UE era mais pequena, mas porque existe uma evidente crise de liderança na Europa comunitária.