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O termo "Grexit” é um neologismo que se refere à conjugação das palavras "Greece” (Grécia) e "Exit” (Saída) ou abrevia a expressão "Greek Exit” (Saída Grega). Esta construção, utilizada pela primeira vez em 2012, por Willem Buiter e Ebrahim Rahbari, economistas do Citigroup, em plena crise da dívida soberana grega e na pendência da negociação de um plano de resgate, pretende ilustrar uma possível saída negociada da Grécia da Zona Euro.
Embora a utilização deste termo tenha origem na negociação de um plano de resgate em 2012, vulgarizou-se no contexto das eleições legislativas de janeiro de 2015 em que o Syriza, partido de extrema-esquerda liderado por Alexis Tsipras, logrou ser vencedor. Nos meses seguintes à eleição, o governo grego protagonizou duras negociações com as instituições europeias e o FMI para a conceção de mais um plano de resgate, em que por várias vezes ultrapassou prazos de amortização de dívida e de entrega de propostas. Em paralelo, o ministro das Finanças, Yannis Varoufakis, sucedeu-se em entrevistas, discursos e artigos de opinião muito críticos das instituições e dos governos dos demais Estados-Membros. Neste contexto, o termo "Grexit” ganhou nova atualidade, uma vez que eram os próprios responsáveis gregos que o colocavam como hipótese, no caso de fiasco das negociações. Com efeito, em 5 de julho de 2015 foi realizado um referendo à proposta das instituições europeias para um novo plano de resgate (chamado "Greferendum”: abreviação da expressão "Greek Referendum”, ou referendo grego, em português), em que o governo se pronunciou contra o acordo que seria chumbado por 61,31% dos gregos. Nestes meses, o termo "Grexit” ganhou expressão quotidiana, enquanto o termo "Grexident”, relativo a uma saída abrupta da zona euro, ganhou uma nova dimensão.
Importa não confundir o substrato do termo "Grexit” com o recentemente utilizado "Brexit”. Enquanto o primeiro se refere à possibilidade de saída negociada de um membro da zona euro, o segundo refere-se ao processo de saída negociada de um Estado-Membro da União Europeia, no caso o Reino Unido, por força do referendo de junho de 2016.