Johan Willem Beyen (2 de Maio de 1897 - 29 de Abril de 1976) foi um banqueiro, empresário e político holandês. Na qualidade de Ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, Beyen entre 1952 e 1956, foi um importante impulsionador do projecto da Comunidade Económica Europeia, que viria a tornar-se realidade com a assinatura do Tratado de Roma, em 1957. Embora pouco conhecido, é considerado um dos "pais fundadores” da Europa.
Durante a ocupação dos Países Baixos pela Alemanha nazi, Beyen exila-se em Londres e, em 1944, participa na Conferência de Bretton Woods, que perpectiva a estrutura financeira internacional do pós-guerra. Nesta altura, aprofunda a sua convicção de que a cooperação económica regional era fundamental para evitar um novo conflito armado e uma crise económica semelhante à dos anos 30.
Nos anos 50, o fracasso das negociações para a criação da Comunidade Europeia de Defesa e o fiasco das conversações para uma Comunidade Política Europeia colocaram em risco a ideia de integração e o Plano Beyen desempenhou um papel fundamental. Com efeito, a proposta de Beyen residia na replicação do modelo do acordo "Benelux” nos seis Estados-Membros fundadores, isto é, o alargamento da cooperação económica para além da produção do carvão e do aço, com a instituição de um mercado comum, com regras partilhadas em matéria económica e social. Na Conferência de Messina, o debate sobre esta proposta conduziu os Seis a assinarem, pouco depois, os tratados de Roma.