Valéry Giscard d’Estaing propôs à Convenção para o Futuro da Europa (2002-2003) que fosse criada uma assembleia composta por deputados do Parlamento Europeu e um número proporcional de representantes dos parlamentos nacionais, a que se chamaria Congresso dos Povos da Europa. A designação tem uma referência federalista evocando o CPE, "congresso” reunido por Spinelli em 1957.
Na formulação de Valéry Giscard d’Estaing o congresso, reunindo periodicamente, debateria o "estado da União” e seria uma espécie de "global constituency” da Europa. Não teria poderes legislativos mas deveria ser consultado sobre a evolução da União e sobre alargamentos futuros. Periodicamente, ser-lhe-ia apresentado um relatório do presidente do Conselho e do presidente da Comissão sobre o estado externo e interno da União e poderia pronunciar ou confirmar as nomeações de certas altas funções políticas da União Europeia.
Tratava-se de procurar colmatar a falha de comunicação direta entre o debate político europeu e os debates políticos nacionais.
A ideia suscitou grandes divergências e não foi avante. Membros influentes da Convenção consideraram que um congresso "não seria um instrumento apropriado para o desenvolvimento democrático da União”; temiam que o Conselho Europeu e o Congresso se pudessem tornar o "chapéu” do edifício institucional enfraquecendo o Parlamento Europeu e a Comissão.