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O Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (em inglês: European Conservatives and Reformists, com a sigla ECR, pela qual é conhecido) é um dos oito grupos políticos que constituem o Parlamento Europeu. Com 74 deputados eleitos, de 18 Estados-Membros da UE, o ECR assume-se como o terceiro maior grupo político no Parlamento, representando 9,85% dos votos.
Os 74 deputados que constituem o grupo dividem-se da seguinte forma: 21 deputados doReino Unido (20 do Conservative Party e 1 do Ulster Unionist Party), 19 deputados da Polónia (15 do Prawo i Sprawiedliwosc, 1 do Prawica Rzeczypospolitej, 1 do Bezpartyjny, 1 do Niezalezny e uma deputada independente), 6 deputados da Alemanha (5 do Allianz für Fortschritt und Aufbruch e 1 do Familien-Partei Deutschlands), 4 deputados da Bélgica (Nieuw-Vlaamse Alliantie), 4 deputados da Dinamarca (3 do Dansk Folkeparti e uma deputada independente), 3 deputados da Eslováquia (um de cada um dos partidos OBYCAJNÍ LUDIA, Sloboda a Solidarita e NOVA), 2 deputados da Bulgária (um do Bulgaria without Censorshipe outro do VMRO), 2 deputados da República Checa (Obcanská demokratická strana), 2 deputados de Itália (Conservatori e Riformisti), 2 deputados dos Países Baixos (dos partidos Staatkundig Gereformeerde Partije ChristenUnie), 2 deputados da Finlândia (Perussuomalaiset), um deputado irlandês (Fianna Fáil Party), um deputado independente grego, uma deputada croata (Hrvatska konzervativna stranka), uma deputada independente cipriota, um deputado letão (Nacionala apvieniba "Visu Latvijai!”-”Tevzemei un Brivibai/LNNK”), um deputado lituano (Lietuvos lenku rinkimu akcija – Krikšcionišku šeimu sajunga) e uma deputada independente romena.
Trata-se de um grupo que junta os deputados britânicos eleitos pelo Partido Conservador que abandonaram o PPE na sequência de uma promessa eleitoral de David Cameron, em 2009.
O grupo teve origem no Movimento para a Reforma Europeia (com a sigla inglesa MER, relativa a Movement for European Reform), formado pelo líder do Partido Conservador britânico e pelo primeiro-ministro checo (a que se juntou posteriormente o líder conservador polaco), antes das eleições para o Parlamento Europeu de 2009. Em junho desse ano, depois das eleições, foi formado o ECR, enquanto grupo político do Parlamento, com 54 deputados de oito Estados-Membros diferentes. Na Declaração de Praga, documento fundador do grupo, assumiram-se como "euro-realistas” opondo-se a uma federalização da União Europeia e à centralização de mais competências nas instituições. No fim de 2009 foi criado o partido político "Aliança dos Conservadores e Reformistas Europeus”, ao mesmo tempo em que é lançada a sua Fundação "New Direction – Foundation for European Reform”. Temos, portanto, o caso de um partido político europeu que nasce do seu grupo político no Parlamento Europeu. Em 2010, David Cameron torna-se Primeiro-Ministro do Reino Unido e Petr Necas torna-se Primeiro-Ministro da República Checa. Em 2015, o ECR torna-se líder de governo também na Polónia, onde elegeu também o Presidente, seu antigo deputado.
O grupo é presidido pelo britânico Syed Kamall (sucedeu ao polaco Michal Tomasz Kaminski), que conta com seis Vice-Presidentes.
O grupo ECR não se opõe ao processo de integração europeia, mas assume uma perspetiva conservadora baseada na consideração da União como uma construção eminentemente económica, assente no mercado interno, e encarando a cooperação política como idealmente inter-governamental. Assim, defende a nacionalização de várias políticas da UE e a concentração do trabalho da União nas áreas do mercado único e distanciam-se da maioria do Parlamento nas questões ligadas à cidadania europeia e aos direitos sociais, entre outras.