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Definição encontrada no Novo Dicionário de Termos Europeus
Monnet, Jean

Jean Monnet (1888-1979) é um dos «Pais fundadores» da União Europeia. Homem de negócios, banqueiro, sem estudos universitários, entra na vida política durante a Primeira Guerra. Exilado em Londres, observa a forma descoordenada de actuação das forças de transporte naval de material de guerra e propõe e obtém a criação do Allied Maritime Transport Committee, com um Executivo conjunto, lição de organização e cooperação.

Aos 31 anos é Secretário-Geral adjunto da Sociedade das Nações e no fim dos anos trinta conselheiro do Presidente americano Roosevelt. Durante a Segunda Guerra a sua acção foi considerada importante para obter a participação militar americana e para o sucesso do Victory Program.

 

Depois da Guerra, comissário para o Plano em França, percebeu que a nova realidade económica decorrente da geografia política do pós-guerra exigia uma ultrapassagem das fronteiras. Robert Schuman, Ministro dos Negócios Estrangeiros da França, estudava uma iniciativa que permitisse solucionar os problemas económicos e políticos, historicamente muito conflituosos, das regiões fronteiriças com a República Federal da Alemanha. Dá-se um encontro decisivo entre os dois homens. Pragmático, Monnet avança com a ideia de uma Comunidade Económica do Carvão e do Aço entre os países limítrofes. A ele se deve também o desenho do método comunitário. Seguiu-se a Declaração Schuman de 9 de maio de 1950.

Estava lançada a primeira pedra fundadora da União Europeia. Jean Monnet foi o primeiro presidente da Alta Autoridade para o Carvão e o Aço (CECA). Promotor do gorado projecto de Comunidade Europeia de Defesa, teve um papel primordial nas negociações dos Tratados de Roma que instituíram as Comunidades Europeias (CEE e Euratom).

 

Jean Monnet cria então o comité de acção para os Estados Unidos da Europa, onde prossegue a sua obra de teorizador e proponente de caminhos de construção europeia. Monnet era um pragmático e homem de ideias simples. Acreditava nos efeitos sucessivos das acções. E acreditava sobretudo no carácter disciplinador e de garante das instituições. «Na vida das nossas nações, os princípios de liberdade, igualdade e democracia foram aceites e aplicados porque as pessoas, depois de séculos de luta, conseguiram encontrar formas institucionais concretas – eleições, parlamentos, tribunais, instrução universal obrigatória, liberdade de expressão e de informação. Dentro das fronteiras nacionais, os homens encontraram há muito tempo formas civilizadas de negociar os seus conflitos de interesses; não precisaram de voltar a utilizar a força para se defenderem. As leis e as instituições garantem um estatuto de igualdade. (...) Mas, para lá das suas fronteiras, os países agem muitas vezes como o fariam os indivíduos se não houvesse nem leis nem instituições

(última alteração: Outubro de 2017)
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