Este conceito define-se pela utilização das novas tecnologias de informação e comunicação na prestação de cuidados de saúde e, em particular, pela utilização da internet, com aplicações remotas e com acesso a recursos "à distância" e "inteligentes”.
É uma área emergente que num sentido mais amplo, se caracteriza não apenas pelo aproveitamento de desenvolvimentos tecnológicos, mas também por um compromisso mais holístico, sustentado num sistema global em rede, que permitirá melhorar os cuidados de saúde e a investigação científica que lhe é associada.
A aplicação de novas tecnologias de informação e comunicação neste setor gera potencialidades de enorme relevância ao nível, nomeadamente, da melhoria no acesso aos serviços, na qualidade das prestações e na eficiência na gestão de recursos. E proporciona novas oportunidades de interação entre utentes e sistemas online e de comunicação entre instituições.
De entre os potenciais benefícios que se poderão retirar destes novos recursos digitais destaca-se, nomeadamente, a análise estruturada e massiva de dados de saúde que habilita progressos científicos com um impacto incomensurável nos anos vindouros.
A sua concretização é já hoje verificável, por exemplo, no registo eletrónico dos doentes, na telemedicina, nas prescrições eletrónicas, nos mecanismos de suporte à decisão médica, no uso de dispositivos móveis conectados ou no acesso inteligente a publicações e ao conhecimento em geral.
Naturalmente, o recurso ao e-health não está imune a riscos, sendo os mais relevantes associados à segurança e à privacidade. A esse respeito, inúmeras questões de natureza ética e jurídica poderão ser erguidas, no sentido de encontrar um ponto de equilíbrio entre as incontestáveis vantagens da utilização de novas tecnologias nesta área com irrenunciáveis princípios de defesa da dignidade humana, designadamente, através do respeito pela segurança e anonimização de dados pessoais.