Expressão com que frequentemente se designam os Estados-Membros da União Europeia cujas contribuições financeiras para o orçamento da UE excedem, em valor, as verbas que recebem do mesmo.
Porém, o orçamento da União Europeia não pode ser lido como um simples balanço de deve e haver.
Se os Estados-Membros que são contribuintes líquidos dão efetivamente um contributo financeiro mais elevado para o orçamento da UE, é também verdade que as verbas atribuídas aos Estados-Membros mais pobres acabam por beneficiar direta ou indiretamente os países mais ricos através da existência do Mercado Interno ou da mais-valia comunitária nos mercados e negociações internacionais.
Não se trata por isso de contribuições a fundo perdido, mas sim verbas com um retorno financeiro concreto.
Porém, nos últimos tempos, tem-se verificado por parte dos contribuintes líquidos um ataque sistemático às políticas de coesão. Essas críticas formalizaram-se na conhecida Carta dos Seis, em que, em 2003 o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Holanda, a Suécia e a Áustria defenderam que se fixasse um teto máximo de 1% do RNB para o orçamento da UE, de forma a reduzir as suas contribuições. Iniciativa similar viria a ocorrer em 2010, com a Carta dos Cinco (Reino Unido, Alemanha, França, Finlândia e Holanda).