Expressão que se popularizou, prestando homenagem ao esforço do então Presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors, para designar as Perspectivas Financeiras 1988-1992 (Pacote Delors I) e 1993-1999 (Pacote Delors II).
Em 1987, a Comissão Europeia apresentou um conjunto de medidas com vista a atribuir à CEE os recursos financeiros adequados à realização de uma série de reformas imprescindíveis à concretização do Acto Único Europeu. As realizações do novo Tratado exigiam uma certa estabilidade orçamental. Tratou-se de introduzir novas prioridades para as despesas do orçamento da UE, de forma a ajudar os Estados-Membros a concretizarem o Mercado Único. Delors exigiu assim o dobro de verbas para os fundos estruturais e o controlo mais rigoroso das despesas agrícolas. Precursor das actuais Perspectivas Financeiras, este conjunto de normas ficou conhecido por «Pacote Delors I» (1987-1992).
Alguns dias depois da assinatura do Tratado de Maastricht, a Comissão Europeia tinha avançado com um nove «Pacote Delors», que consistia num conjunto de medidas necessárias para garantir o financiamento da PESC e da criação de um contexto competitivo para a indústria europeia. Mas neste Pacote Delors II dá-se sobretudo uma profunda revolução no financiamento da coesão económica e social, com o aumento de 2/3 dos fundos estruturais e de 50% nos outros fundos comunitários. Na prática, entre o primeiro Pacote Delors (1987-1992) e o segundo, o orçamento comunitário anual aumentou 5%!