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Os homens que nos anos cinquenta do século passado estiveram na origem do processo político de construção europeia ficaram conhecidos como os Pais Fundadores da Europa.
Eram homens de Estado, políticos ou altos funcionários, que tinham em comum o serem originários dos seis países signatários dos Tratados e terem vivido a Segunda Guerra Mundial a lutar pela paz e pela liberdade em nome de princípios humanistas (cristãos para a maior parte, socialistas para os outros).
Os anos 50 do século XX representam, sem dúvida, o início de uma nova era europeia, mas não são o momento fundador da Europa como aspiração de paz, de progresso e de liberdade. Os pais fundadores políticos foram precedidos pelos pais espirituais e pelas ideias dum património comum humanista em que se inscrevem pensadores essenciais como Aristóteles, São Tomás, Dante, Immanuel Kant, Victor Hugo e tantos outros que, em nome do saber, da Cristandade, das luzes ou da civilização, do espírito europeu, revelaram os caminhos e abriram novas perspectivas.